sexta-feira, 8 de maio de 2015

Desemprego sobe em todo País com destaque para o Nordeste

                             Essa é a primeira vez que a Pnad Contínua traz as informações completas sobre o mercado de trabalho para Brasil. Foto: Divulgação    
Essa é a primeira vez que a Pnad Contínua traz as informações completas sobre o mercado de trabalho para Brasil. Foto: Divulgação
O desemprego no País voltou a subir no primeiro trimestre deste ano, de acordo com a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, divulgada nesta quinta-feira (7) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
A população desocupada (7,934 milhões de pessoas) variou 23,0% frente ao trimestre imediatamente anterior. Em relação ao 1º trimestre de 2014, o quadro foi de 12,6%.
A taxa de desocupação no Brasil foi estimada em 7,9% no 1º trimestre de 2015, a maior taxa verificada desde o 1º trimestre de 2013 (8,0%). Essa estimativa cresceu tanto na comparação com o 4º trimestre de 2014 (6,5%), quanto com o 1º trimestre de 2014 (7,2%).
Essa é a primeira vez que a Pnad Contínua traz as informações completas sobre o mercado de trabalho para Brasil, grandes regiões e unidades da federação. Com isso, o IBGE mostrou que a maior taxa de desemprego foi verificada na região Nordeste (9,6%), e a menor, no Sul (5,1%). Entre as unidades da federação, Rio Grande do Norte teve a maior taxa (11,5%) e Santa Catarina, a menor (3,9%).
Percentual de empregados
O nível da ocupação (indicador que mede a parcela da população ocupada em relação à população em idade de trabalhar) foi estimado em 56,2% no 1º trimestre de 2015, abaixo dos 56,9% verificados no trimestre anterior e dos 56,8% observados no 1º trimestre do ano passado.
A população ocupada foi estimada em 92,023 milhões, refletindo variação de -0,9% na comparação com o trimestre anterior e 0,8% frente ao mesmo trimestre de 2014. No 1º trimestre de 2015, 78,2% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, apresentando avanço de 0,5 ponto percentual em relação a igual trimestre de 2014 (77,7%). Em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa.
O rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado em R$ 1.840. Este resultado foi 0,8% maior que o registrado no trimestre anterior (R$ 1.825) e estável em relação ao obtido no 1º trimestre de 2014 (R$ 1.840).
A massa de rendimento médio real habitual dos ocupados foi estimada em R$ 163,8 bilhões, registrando aumento de 3,0% em relação ao 4º trimestre de 2014. Na comparação anual, essa estimativa teve alta de 8,7%.
Homens x mulheres
As análises apontaram diferenças significativas na taxa de desocupação entre homens e mulheres, comportamento verificado também nas cinco grandes regiões. No 1º trimestre de 2015, a taxa foi estimada em 6,6% para os homens e 9,6% para as mulheres.
Já entre os jovens de 18 a 24 anos de idade, a taxa ficou em 17,6%, patamar elevado em relação à taxa média total (7,9%), comportamento verificado, tanto para o Brasil, quanto para as cinco grandes regiões.
A taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto (14,0%) era superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 9,1%, praticamente o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (4,6%).
Carteira assinada
Um resultado positivo da Pnad Contínua é o aumento do percentual de empregados com carteira de trabalho assinada. No 1º trimestre de 2015, 78,2% dos empregados no setor privado tinham carteira de trabalho assinada, apresentando avanço de 0,5 ponto percentual em relação a igual trimestre de 2014.
Em relação ao trimestre anterior, não houve variação estatisticamente significativa. Entre os trabalhadores domésticos, a pesquisa mostrou que 32,3% tinham carteira de trabalho assinada no 1º trimestre de 2015, enquanto no mesmo trimestre do ano passado, eram 31,5%. Os militares e servidores estatutários correspondiam a 69,4% dos empregados do setor público.
O percentual de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado mostrou cenários distintos. As regiões Norte (64,7%) e Nordeste (63,8%) apresentaram-se em patamares inferiores aos das demais regiões.
A comparação do 1º trimestre de 2015 com o mesmo trimestre de 2014 apontou aumento maior desse indicador na região Centro-Oeste, onde passou de 77,1% para 79,0% nesse período.
Fora da força de trabalho
No Brasil, no 1º trimestre de 2015, 39% das pessoas em idade de trabalhar foram classificadas como fora da força de trabalho, ou seja, aquelas que não estavam ocupadas nem desocupadas na semana de referência da pesquisa.
A região Nordeste foi a que apresentou a maior parcela de pessoas fora da força de trabalho (43,1%). As regiões Sul (36,2%) e Centro-Oeste (34,9%) tiveram os menores percentuais. Essa configuração não se alterou significativamente ao longo da série histórica disponível.
As mulheres eram maioria na população fora da força de trabalho, representando 65,9% no 1º trimestre de 2015. Cerca de 34,9% da população fora da força de trabalho era composta por idosos (pessoas com 60 anos ou mais de idade).
Aqueles com menos de 25 anos de idade somavam 28,6% e os adultos, com idade de 25 a 59 anos, representavam 36,6%. No 1º trimestre de 2015, mais da metade dessa população (52,6%) não tinha concluído o ensino fundamental e pouco menos de um quarto tinha concluído pelo menos o ensino médio (26,1%).
Fonte: R7

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