Um dos dilemas para as pessoas
que procuram atendimento em alguns hospitais públicos é a dificuldade para
conseguir tratamento adequado. Em muitos casos, a falta de certos medicamentos
obriga acompanhantes dos enfermos a comprarem os remédios. Familiares dos
pacientes do Hospital Regional Doutor Ruy Pereira dos Santos, no bairro
Petrópolis, vivem essa realidade.
Uma mulher, que pediu para não
se identificada, cuja mãe está internada há dois meses, confirmou que adquiriu
com recursos próprios vários medicamentos para que a mãe receba o devido
tratamento. “A gente teve que comprar a medicação durante esses dois meses.
Compramos Losartana, Difilipina e Amitriptilina para controlar a pressão
arterial. Eles dizem que está faltando no postinho e que se a gente tiver como
comprar, se tiver condições é melhor”, explicou a mulher.
Outra
mulher, que está com o pai internado há mais de 20 dias, conta que também
precisou comprar uma pomada e exibiu uma nota fiscal comprovando a aquisição.
“Eles me pediram a pomada porque disseram que não tem, uma safgel. Disseram que
não tem aqui e eu tinha que trazer. Aí comprei e trouxe”, denunciou.
Uma senhora de 69 anos que
acompanha o marido internado há mais de 15 dias, informou que só não levou o
medicamento porque está aguardando a manipulação do medicamento. “O médico
disse que tinha e estava usando, mas pediu que comprasse para repor e
substituir o estoque. Então eu mandei fazer e vou trazer amanhã, custou R$ 53”.
Nossa
equipe conversou com o diretor administrativo do hospital, Graciliano Sena, mas
ele não quis comentar o assunto e orientou a procurar a assessoria de
comunicação da Secretaria da Saúde Pública (Sesap).
Em contato com
a assessoria, foi informado que o secretário da Sesap, José Ricardo Lagreca,
tem interesse em resolver o problema dos hospitais regionais e que alguns
medicamentos estavam sendo liberados aos poucos.
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