quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

JUIZ DO RN FALA SOBRE O PCC EM PRESÍDIOS DO ESTADO



                                Juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais (Foto: Cláudio Abdom)
                        JUIZ HENRRIQUE BATAZAR DA VARA DE EXECUÇÕES PENAIS

                                 


O juiz Henrique Baltazar dos Santos, titular da 12ª Vara Criminal, responsável pelas execuções penais das Comarcas de Natal e de Nísia Floresta, denunciou em entrevista ao portalnoar.com a ação de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC) de dentro dos presídios do Rio Grande do Norte. Segundo ele, essas organizações criminosas são responsáveis por diversos crimes cometidos na capital potiguar.
A exemplo do caos enfrentado pelo sistema penitenciário do estado do Maranhão, o magistrado alerta para o fato de que se não forem tomadas medidas imediatas, o mesmo possa acontecer no RN. Sob intervenção federal, o estado do Maranhão já registrou, pelo menos 60 homicídios atribuídos a facções que estavam agindo de dentro de presídio de Pedrinhas, onde vários detentos foram decapitados.
De acordo com Henrique Baltazar, ações criminosas como o tráfico de drogas, homicídios e até mesmo explosões a caixas eletrônicos são comandadas de dentro das mais de 30 unidades prisionais do estado. “De lá sai ordem para matar pessoas, sai ordem para traficar drogas e tantos outros crimes”, denunciou.
Como exemplo o juiz citou a apreensão de 700 quilos de maconha, em outubro do ano passado em Parnamirim. Segundo ele, as ordens de distribuição e destinação da droga partiu de dentro do Presídio de Alcaçuz.
Segundo ele várias investigações já chegaram a outros grupos agindo de diversas formas no estado. Muitas delas contam inclusive com a participação de policiais. “Esses grupos existem e estão agindo diariamente. É preciso combater e investigar mais”, declarou.

Para o magistrado, o governo precisa investir mais no sistema penitenciário, construir novos presídios e fazer um controle mais eficaz dos mais de 6 mil detentos que ocupam, atualmente, as penitenciárias do estado. “Se não houver investimentos, se não houver controle, uma hora essa bomba vai explodir”, alertou.

Nenhum comentário:

Postar um comentário